sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Origem do Baralho Cigano




O baralho conhecido como "cigano"não foi criado por tal povo, trata-se do baralho Lenormand,que por usar uma linguagem simples, foi adotado pelo povo cigano.
Os baralhos Lenormand juntamente com as cartas de Tarô são as mais utilizadas no campo da cartomancia.
As cartas Lenormand foram criadas por Mademoiselle Marie-Anne Adelaide Lenormand, cartomante francesa de grande renome que também exercia, além de outras atividades adivinhatórias, a quiromancia, a clarividência, a leitura de cartas, leitura de folhas de chá, astrologia, etc.
Lenormand teve entre suas clientes Josefina de Beauharnais, esposa de Napoleão Bonaparte. Ela teria previsto a ascensão e queda do imperador Napoleão, os segredos da imperatriz Josefina e o destino de muitos notáveis de seu tempo.
Nasceu em Alençon, na Normandia (1772-1843). Perdeu seu pai quando tinha apenas um ano de idade e logo em seguida sua mãe, aos 5 anos. Depois disso foi enviada a um convento. Lá surgiram os primeiros relatos de sua clarividência.
Morou em Paris num período posterior a Revolução Francesa e lá consolidou sua fama de advinha.

Em 1807, Mlle. Lenormand leu nas mãos de Napoleão sua intenção de se divorciar de Josefina. Para afastá-la ele a mandou à prisão por 12 dias. Esse fato foi o verdadeiro lançamento de sua carreira e ela se tornou a cartomante mais popular de sua época.
Em 25 de junho de 1834, aos 74 anos de idade, foi enterrada em Paris, no cemitério Père Lachaise. Por motivos desconhecidos, os segredos do Tarô Lenormand desapareceram temporariamente com o falecimento de Mlle. Lenormand e cerca de 50 anos depois eles foram recuperados com a descoberta de alguns manuscritos deixados por Anne-Marie. A partir desses documentos, foram desenvolvidos dois baralhos, um deles conhecido como Baralho Lenormand e ilustrado com figuras da época e ainda hoje fabricado na França. O outro com figuras mais simples e atuais corresponde à versão utilizada pelos ciganos, propagadores deste baralho.


Fonte:http://www.cartomanciaonline.com.br/baralho_cigano.asp

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lenda da cigana mais famosa

CIGANA 7 SAIAS

Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor.

A cigana 7 Saias tem esse nome por usar uma saia composta por sete cores diferentes. A história conta que essa Cigana quando criança viu pela primeira vez o arco íris e ficou tão encantada que pediu a sua mãe que fizesse uma saia com aquelas cores.
Sempre foi muito bonita, gostava de usar jóias douradas e laços no cabelo. Tocava pandeiro e se saía muito bem na arte de jogar cartas e leitura de mãos. Sua família como toda de origem cigana viajava muito, e em uma dessas viagens a cigana 7 Saias conheceu aquele que foi seu grande amor. Porém ele era um gadjo, ou seja, um não cigano.
Apaixonaram-se perdidamente e pensaram até em fugir. Mas na tradição cigana esse amor era impossível, 7 Saias contou a sua família o que se passava em seu coração, e obviamente foi reprimida, e seu pai, já decidido a casá-la com outro cigano a quem já havia prometido a mão, resolveu levantar acampamento e ir de encontro a outra família. A 7 Saias nem pode se despedir de seu namorado, pois ficou fechada em sua tenda sendo vigiada até o dia da viagem.
Durante o percurso uma dor insuportável tomava seu peito, pensando por que o amor tinha de ser tão cruel? Tão dolorido? Apenas a tristeza lhe tomava o peito, um enorme nó na garganta, assim nem conseguiu comer. E isso continuou por dias... dias e dias... até chegarem ao local aonde a outra família estava instalada.
Seus pais pensavam que esse amor de jovem passaria, e que ao conhecer seu noivo 7 Saias se encantaria novamente e seria muito feliz. Afinal já haviam visto tantos casos de ciganas que ameaçavam fugir, se matar pra não casar com o noivo escolhido pela família e depois estarem felizes no casamento. Esperavam isso pra filha deles.
Contudo não foi isso que aconteceu. A 7 Saias continuou na sua tristeza profunda, reclusa, sem se alimentar direito, apenas com aquele olhar triste e perdido para o céu.
Até que chegou o dia do casamento, porém a família que esperava naquele dia estar festejando o enlace da filha tão querida estava ferida no coração, com muita dor. A família do noivo recebeu então ao invés da noiva tão esperada para o filho, o corpo de uma jovem e bela cigana morta. Então ao invés de casamento, as duas famílias celebraram um funeral.
Como ultima homenagem, a mãe vestiu 7 Saias com sua saia favorita, a que tinha 7 véus coloridos como o arco íris.
Assim seu espírito ajuda aqueles que sofrem com problemas de amor, pede pra Dona 7 Saias que ela lhe ajudará. E o que ela une nada irá separar.
autor: Rose Laura ( adaptado do livro Cigana 7 Saias de Alzira da Cigana da Praia)

Costumes Ciganos



NASCIMENTO
Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é considerada impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto.
Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho será repartido no dia seguinte com todos as pessoas presentes, principalmente com as crianças.
Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O batismo pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com água, sal e um galho verde. O batismo na igreja não é obrigatório, embora a maioria opte pelo batismo católico.

CASAMENTO
Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias.
O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo.
É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós.
Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo.
No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro.
Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

MÚSICA E DANÇA
Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa.
A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco.
Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana. Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de suas obras.
Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo.
No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam.

MORTE
Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte.
Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao grande número de violação de túmulos este costume teve que ser mudado. Os ciganos não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimônia com água, flores, frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas da Terra.
As cerimônias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente até completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos.
Fonte: http://www.guardioesdaluz.com.br/ciganoscostumes.htm

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Lenda da Cigana dos Leques




No final da Idade Média existia uma cigana chamada Zíngara que estava grávida do seu primeiro filho. Então quando ela deu à luz ficou muito feliz e reparou que o bebê tinha uma macha em forma de estrela nas co
stas e chamou o garoto de Jamón. Desta maneira todos na caravana ficaram felizes e fizeram uma festa, onde a nova mãe prometeu a sua amiga, Felícia, que o seu filho quando crescesse casaria com a ciganinha Corazón, filha desta colega. No meio do baile Zíngara entrou na sua tenda e dormiu, pois estava muito cansada. Pela manhã, quando acordou, a mulher notou que seu neném tinha desaparecido. Deste jeito os ciganos procuraram pela criança por toda parte naquela vila, mas nada acharam. Então voltaram a viajar pelo mundo. Dezoito anos se passaram e a cigana Corazón cresceu em beleza e com a esperança de ver o seu noivo Jamon, que havia desaparecido ainda bebê. Então caravana de ciganos instalou-se num reino, onde começaram suas apresentações circenses e de dança. Até que um dia o grupo recebeu um convite, da condessa Mariclair, para se apresentar no palácio. Quando Corazón entrou no palco ela olhou para o príncipe Felipe e apaixonou-se por ele. Após o show a jovem perguntou à condessa:

- Quem era aquele moço moreno de olhos verdes?

A nobre respondeu:

- Ele é o príncipe Felipe. Mas não se interesse por ele, pois o amor nunca nasce dentro deste castelo.

Corazón perguntou:

- Por que?

A condessa respondeu:

- Aqui há uma maldição que impede homens e mulheres de se comunicar. Reza a lenda que há muitos anos atrás existia uma rainha que era bruxa e, um certo dia, ela viu seu marido a traindo com uma empregada. Decepcionada, a mulher jogou-se da janela do palácio e disse que nunca mais um romance nasceria dentro deste castelo. Pois os olhares dos apaixonados nunca se cruzariam a não ser que eles arrumassem outra forma de se comunicar. Por coincidência, partir daquele dia nunca mais houve um romance dentro deste palácio.

Após ouvir esta história, a cigana falou:

- Tive uma idéia:

- Farei a simpatia dos leques.

- Cada cor e posição do abanico tem um significado diferente.

- Para isto precisarei da sua ajuda!

Então quando chegou a noite, que era de Lua cheia, as ciganas entraram de novo no castelo com a ajuda da condessa Mariclair. Todas as dançarinas estavam com vestidos coloridos e leques de cores diferentes. Deste jeito elas fizeram um círculo e começaram a bailar com as pontas dos pés. Corazón entrou no meio da roda com o abanico aberto e rezou:

- Cigana dos Leques, que aparece na Lua Cheia traga o romance de volta a este palácio.

Após este pedido, as ciganas desfizeram as roda e começaram a dançar com seus leques nas mãos fazendo as mais diferentes coreografias com seus abanicos.

A condessa Mariclair, estava encantada assistindo a tudo. Quando, de repente, Corazón chegou perto dela e comentou:

- Pronto!

- A Cigana dos Leques, que está no astral trará de volta a paixão para este palácio. Porém, para isto, ela precisa de uma ajuda sua.

A nobre indagou:

- Que ajuda é esta?

A cigana comentou:

- Ajude a divulgar a linguagem dos leques fazendo com que as damas da corte usem este instrumento na frente dos seus pretendentes para consquita-los, pois os rapazes entenderão o significado. Afinal por causa da magia da Cigana dos Leques o espírito do amor já entrou neste lugar. Cada cor e posição tem um significado diferente que explicarei para a senhora: esconder os olhos com o leque aberto significa te amo; andar com o abanico aberto na mão esquerda quer dizer que o amado pode se aproximar pois não existe o perigo; o leque aberto no colo é quando a dama quer marcar um encontro; apoiar o abanico no lado direito da face significa sim; apoiar o leque no lado esquerdo do rosto quer dizer não e andar na sala abrindo e fechando o abanico é um convite para um encontro escondido. Agora preste atenção nas cores: leque branco significa que a moça só quer amizade; vermelho quer dizer que a dama está apaixonada e deseja um encontro às escondidas; amarelo é quando a donzela sonha com beijo nos lábios e preto com estampa de flores significa que a mulher deseja um encontro noturno.

Condessa Mariclair falou:

- Perfeito!

- Contarei este segredo para todas as damas do castelo e, principalmente, para as alcoviteiras.

Corazón perguntou:

- Quem são as alcoviteiras?

A nobre explicou:

- São senhoras que marcam encontros, às escondidas, entre os apaixonados nas alcovas. Mas, ultimamente, com este clima nada romântico elas estão desempregadas. Porém, como a coisa mudará...

- Mais um detalhe: bem que você poderia montar uma coreografia com as posições e cores dos leques.

A cigana disse:

- Meu grupo já tem este tipo de coreografia com abanicos e gostaríamos de apresenta-lo daqui há quinze dias neste castelo.

A condessa exclamou:

- Fechado!

No dia seguinte um clima de romance pairou no palácio. As mulheres usavam os leques nas posições com os mais diferentes significados e assim conquistavam os seus amados.

Logo chegou o dia da apresentação da dança dos leques com as ciganas. Elas bailaram divinamente e o príncipe Felipe não parava de olhar para Corazón. No final da apresentação esta cigana foi até o pátio e o príncipe a seguiu. Assim os dois começaram a conversar e no meio do papo trocaram um beijo. Porém naquele instante, Pablo, o irmão de Corazón, viu a cena e partiu para cima do príncipe, rasgando a sua camisa que mostrou uma mancha em forma de estrela nas costas. Naquele instante surgiu Zíngara que exclamou:

- Vejam:

- O príncipe Felipe tem uma marca de nascença igual a do meu bebê seqüestrado!

A condessa Mariclair, que ouviu tudo, foi até o local e disse:

- Tenho uma revelação para fazer:

- Eu confesso:

- Felipe é, realmente, o neném cigano que foi roubado!

- Eu fiz o parto da rainha, que era muito braba na época, porém ela desmaiou na hora. Como o bebê nasceu morto, com o cordão umbilical no pescoço, fiquei com medo de que a rainha me achasse uma incompetente e mandasse me matar. Por isto, percebi que ela estava desacordada e fui até uma festa cigana na vila, onde aproveitei a distração das pessoas e roubei um recém-nascido que estava numa tenda.

Alguns dias após esta confissão Corazón e Felipe se casaram numa festa com a dança da coreografia dos leques.

Luciana do Rocio Mallon

A Quiromancia


Montes, linhas e sinais estampam sua personalidade e seu futuro
A arte de ler as mãos tem uma origem muito misteriosa. Acredita-se que desde o princípio da Humanidade já se usava a leitura das mãos para conhecer o futuro. No entanto, foi na Antigüidade que se encontraram fortes evidências de sua existência, principalmente na China, onde ainda hoje é usada na Medicina, e no Egito, onde os faraós não travavam uma guerra sequer sem antes consultar seus magos e saber o que o destino reservava ao seu povo.
Na idade Média, a Quiromancia (do grego cheirós, que quer dizer mãos e manteiós, a adivinhação era tida como bruxaria, principalmente na Inglaterra. Mas na Alemanha, no mesmo momento, foi objeto de estudos científicos. Com o decorrer do tempo, essa arte mística sofreu influência da Astrologia, por isso, algumas partes da mão recebem o nome de planetas, como monte de Vênus, linha de Saturno, etc.
Mas foram os ciganos que espalharam e popularizaram a Quiromancia pelo mundo e é tão forte sua participação que, quando se pensa em leitura de mãos, vem logo a imagem de uma cigana. Aliás, a adivinhação é uma das atividades exclusivas das mulheres dentro do grupo. Elas aprendem desde pequenas com suas mães e passam este ensinamento para suas filhas. A tradição manda que as ciganas saiam sempre com outras mulheres de sua família em busca de alguém que queria saber o futuro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A lua cheia

A lua cheia é para os ciganos a mais importante de todas,ela simboliza o "sagrado".Todos os meses na fase da lua cheia, os ciganos se reúnem em volta da fogueira para celebrar com seus vinhos,suas danças e com muita música.Para os ciganos  tudo está relacionado ao destino,tudo está "escrito nas estrelas" e por este motivo eles observam atentamente o céu, e tudo o que os astros podem revelar.

Hino cigano





Em Romani:
Dgelem Dgelem

Dgelem, Dgelem lungone dromentsa
Maladjilem bhartalé romentsa 
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)


Naís tumengue shavale
Patshiv dan man romale
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Vi mande sas romni ay shukar shavê
Mudarde mura família
Lê katany ande kale
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Shinde muro ilô
Pagerde mury luma
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Opré Romá Aven putras nevo dromoro
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Em Português:
Caminhei Caminhei

Caminhei, caminhei longas estradas
Encontrei-me com romá (ciganos) de sorte
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos

Obrigado rapazes ciganos
Pela festa louvor que me dão
Eu também tive mulher e filhos bonitos
Mataram minha família
Os soldados de uniforme preto

Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos
Cortaram meu coração
Destruíram meu mundo
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos
Pra cima Romá (Ciganos)

Avante vamos abrir novos caminhos
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos!!!

A Bandeira Cigana





A Bandeira como símbolo de um grupo, têm seu significado "encantado"!
Esta bandeira foi instituída como símbolo internacional de todos os Ciganos do mundo no ano de 1971, pela Internacional Gypsy Committee Organized no " First World Romani Congress " - Primeiro Congresso Mundial Cigano - realizado em Londres.
A roda vermelha no centro da bandeira simboliza a vida, representa o caminho a percorrer e o já percorrido. A tradição, como continuísmo eterno, se sobrepõe ao azul e ao verde, com seus aros representando a força do fogo, da transformação e do movimento.
O azul representa os valores espirituais, a paz, a ligação do consciente com os mundos superiores, significando libertação e liberdade.
O verde representa a Mãe Natureza, a terra, o mundo orgânico, a força da luz do crescimento vinculado com as matas, com os caminhos desbravados e abertos pelos Ciganos. Representa o sentimento de gratidão e respeito pela terra, de preservação da natureza pelo que ela nos oferece, proporcionando a sobrevivência do homem e a obrigação de ser respeitada pelo homem, que dela retira seus suprimentos, devendo mantê-la e defendê-la.


Fonte:http://www.mundocigano.com.br/simbolos.html

Lenda cigana



Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselhá-las para o bem.